O restaurante Cozinhando Escondidinho (Rua Conselheiro Peretti,
106, Casa Amarela, Recife-PE) é comandado pelo Chef Rivandro França. O renomado
chef iniciou sua carreira vendendo bombons com recheios inusitados como
macaxeira, batata doce, jaca, bolo de rolo, dentre outros, e, posteriormente,
cozinhando para os amigos. Hoje, ele é destaque na gastronomia pernambucana com
sua cozinha regional criativa e inusitada e já coleciona vários prêmios a
frente do seu restaurante.
O Cozinhando Escondidinho é realmente escondidinho. Ele fica
localizado em uma casa no bairro de Casa Amarela sem nenhuma placa ou
indicação. Apesar disso, o GPS me levou para o lugar certo, sem grandes
dificuldades. O lugar é simples e se estiver lotado, o que normalmente ocorre,
a espera é um tanto precária. Há apenas meia dúzia de banquinhos e um guarda
sol e não é possível consumir nada antes de sentar à mesa.
O interior do restaurante também é simples e com a decoração um
pouco caótica, mas aconchegante. Há vários objetos colecionados pelo chef nas
paredes. O charme maior do lugar é o cardápio, o qual tem um humor todo
pernambucano, e a simpatia e a simplicidade do chef, que está sempre presente no
salão e serve à mesa a sobremesa especial da casa.
A pedida para começar um almoço de domingo foi uma Codorna a
Retalho (R$16,90), duas codornas em pedaços com cubinhos de queijo coalho
puxado na manteiga de garrafa e mel de engenho picante. A codorna estava muito
saborosa, bem temperada e o mel de engelho deliciosamente picante. O queijo
coalho estava saboroso e macio. É de lamber os dedos! Só achei um pouco ruim de
comer os pedacinhos de codorna, talvez fosse melhor se estivesse inteira mesmo,
mas nada que prejudique os sabores do prato
Como prato principal pedi um Arroz de Terceira (R$18,00), arroz
com carne de sol desfiada e cubos de queijo coalho puxado na manteiga de
garrafa e guarnecido com purê de batata doce com hortelã. O arroz estava
saboroso, um pouco salgado para o meu paladar, mas ainda prefiro a comida mais
salgada a faltar sal. O purê de batata doce com hortelã foi uma bela surpresa.
Ele trouxe doçura e suavidade ao prato.
Para a sobremesa é claro que pedi a servida pelo chef, a
Cartxeira (R$9,90), banana da terra dourada na manteiga de garrafa, fatia de
queijo manteiga, cubos de queijo coalho, cocada de macaxeira, flambada na
cachaça, servida na mesa do cliente pelo chef e finalizada com mel de engenho.
Essa sobremesa é uma versão da tradicional Cartola, preparada com banana,
queijo manteiga, açúcar e canela. Tirando o encanto de ser servida pelo próprio
chef, a sobremesa estava muito gostosa e para minha surpresa não era muito
doce. Pelo contrário, achei bem leve e comeria um prato todinho, o que não foi
possível, pois precisei dividir.
Como vocês puderam ver, a comida servida no Cozinhando Escondidinho
é simples, mas autoral e com um ótimo custo benefício. Saí de lá muito
satisfeita, encantada com o chef e carregando o meu potinho da pimenta da casa (R$8,00)
super potente.
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