segunda-feira, 5 de maio de 2014

Cozinhando Escondidinho em Recife-PE – Cozinha pernambucana com criatividade


 
 
 
O restaurante Cozinhando Escondidinho (Rua Conselheiro Peretti, 106, Casa Amarela, Recife-PE) é comandado pelo Chef Rivandro França. O renomado chef iniciou sua carreira vendendo bombons com recheios inusitados como macaxeira, batata doce, jaca, bolo de rolo, dentre outros, e, posteriormente, cozinhando para os amigos. Hoje, ele é destaque na gastronomia pernambucana com sua cozinha regional criativa e inusitada e já coleciona vários prêmios a frente do seu restaurante.

O Cozinhando Escondidinho é realmente escondidinho. Ele fica localizado em uma casa no bairro de Casa Amarela sem nenhuma placa ou indicação. Apesar disso, o GPS me levou para o lugar certo, sem grandes dificuldades. O lugar é simples e se estiver lotado, o que normalmente ocorre, a espera é um tanto precária. Há apenas meia dúzia de banquinhos e um guarda sol e não é possível consumir nada antes de sentar à mesa.

O interior do restaurante também é simples e com a decoração um pouco caótica, mas aconchegante. Há vários objetos colecionados pelo chef nas paredes. O charme maior do lugar é o cardápio, o qual tem um humor todo pernambucano, e a simpatia e a simplicidade do chef, que está sempre presente no salão e serve à mesa a sobremesa especial da casa.

 
A pedida para começar um almoço de domingo foi uma Codorna a Retalho (R$16,90), duas codornas em pedaços com cubinhos de queijo coalho puxado na manteiga de garrafa e mel de engenho picante. A codorna estava muito saborosa, bem temperada e o mel de engelho deliciosamente picante. O queijo coalho estava saboroso e macio. É de lamber os dedos! Só achei um pouco ruim de comer os pedacinhos de codorna, talvez fosse melhor se estivesse inteira mesmo, mas nada que prejudique os sabores do prato
 

Como prato principal pedi um Arroz de Terceira (R$18,00), arroz com carne de sol desfiada e cubos de queijo coalho puxado na manteiga de garrafa e guarnecido com purê de batata doce com hortelã. O arroz estava saboroso, um pouco salgado para o meu paladar, mas ainda prefiro a comida mais salgada a faltar sal. O purê de batata doce com hortelã foi uma bela surpresa. Ele trouxe doçura e suavidade ao prato.

 
Para a sobremesa é claro que pedi a servida pelo chef, a Cartxeira (R$9,90), banana da terra dourada na manteiga de garrafa, fatia de queijo manteiga, cubos de queijo coalho, cocada de macaxeira, flambada na cachaça, servida na mesa do cliente pelo chef e finalizada com mel de engenho. Essa sobremesa é uma versão da tradicional Cartola, preparada com banana, queijo manteiga, açúcar e canela. Tirando o encanto de ser servida pelo próprio chef, a sobremesa estava muito gostosa e para minha surpresa não era muito doce. Pelo contrário, achei bem leve e comeria um prato todinho, o que não foi possível, pois precisei dividir.
 

Como vocês puderam ver, a comida servida no Cozinhando Escondidinho é simples, mas autoral e com um ótimo custo benefício. Saí de lá muito satisfeita, encantada com o chef e carregando o meu potinho da pimenta da casa (R$8,00) super potente.